Sargento que matou esposa com tiros e 51 facadas dentro de clínica fará exame toxicológico para provar que ela deu calmante a ele - Urupa Noticias

Sargento que matou esposa com tiros e 51 facadas dentro de clínica fará exame toxicológico para provar que ela deu calmante a ele

 Sargento que matou esposa com tiros e 51 facadas dentro de clínica fará exame toxicológico para provar que ela deu calmante a ele

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) aceitou o pedido da defesa do sargento Samir Carvalho, acusado de matar a esposa, Amanda Fernandes, para a realização de um exame toxicológico. De acordo com o advogado Paulo de Jesus, que representa o policial militar, o exame vai tentar confirmar se Amanda teria dado um calmante à ele sem que ele soubesse.

O caso ocorreu no dia 7 de maio, dentro de uma clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé, em Santos, no litoral de São Paulo. Samir atirou na esposa e na filha de 10 anos. Em seguida, esfaqueou Amanda, que morreu no local. A criança foi socorrida e ficou internada por seis dias.

Mensagens obtidas pelo g1 mostram que a vítima disse a uma amiga que havia dado um calmante ao marido no dia anterior ao crime (veja detalhes abaixo).

A defesa informou à equipe de reportagem que o pedido do exame foi feito para tentar esclarecer o estado do sargento no momento dos fatos. Quanto à eventual utilização do resultado no processo, o advogado afirmou que a decisão será tomada ao fim das investigações. Ainda não há prazo definido para a realização do exame.

Calmante

Amanda encaminhou a primeira mensagem para uma amiga às 7h49 do dia do crime. Ela disse que não aguentava mais o companheiro e questionou onde poderia denunciá-lo. A amiga respondeu quase duas horas depois, quando a vítima contou que havia dado calmante a Samir.

7h19 – Amanda: Não aguento mais o Samir. Vou denunciar ele. Onde faço isso, amiga?

8h45 – Tenho certeza que ele vai querer me bater hoje, senão tentar me matar.

9h38 – Amiga: Bom dia amiga.

9h38 – Amanda: Estou de saco cheio.

9h38 – Amiga: Acordei com muita dor de estômago. Estava dormindo. Por que? O que ele falou?

9h38 – Amanda: Coloquei metade do calmante ontem para ele tomar. Está zonzo zonzo. Hoje eu vou pôr o resto do vidro… Eu cansei. Falei que ninguém gosta dele porque ele é um cara amargo. Bruto. Os filhos não gostam dele, ele não tem amigos. Falou que não quer você em casa. Não quer que eu vá no centro. Que não vou sair para lado nenhum. Ele quer me isolar do mundo.

Mais tarde, a amiga aconselhou a vítima a procurar ajuda com as autoridades e Amanda revelou os planos que teria com a filha, incluindo a consulta médica e uma homenagem ao Dia das Mães.

11h57 – Amiga: Você pode ir na Corregedoria e na Delegacia da Mulher e pedir medida protetiva, mas já sabe que ele vai ficar louco.

11h58 – Amanda: Onde é a Corregedoria? Precisava denunciar anonimamente para ele se f*der. Já pensei em comprar droga, pôr na mochila dele e denunciar para ele ir preso, algo assim. Vou levar minha filha ao médico agora às 14h e às 18h vamos no cinema porque a escola fez o Dia das Mães no cinema. Fechou uma sala só para os alunos e vamos hoje.

Via G1


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